sexta-feira, 31 de outubro de 2008

COMUNICADO INFORMATIVO

COMUNICADO

A Escola Superior Agrária de Santarém é uma instituição de renome no nosso País na formação de técnicos nas áreas agrícola, industrial e pecuária ao longo de 120 anos completados em 2008. Desde sempre associada a tradições seculares e vivências próprias no meio único como é a região do Ribatejo, torna-se inevitável que os costumes na recepção e acolhimento dos novos alunos (praxes académicas) fossem indissociáveis das actividades onde estão inseridos os cursos leccionados em tão afamada instituição.
Neste ano lectivo 2008/2009, teve o Conselho Directivo da ESAS a decisão de contrariar todos os aspectos de tradição e praxe académica vigente na ESAS, proibindo qualquer actividade da Comissão de Praxe, entretanto dissolvida, como de alunos da Escola, levando à geral indignação da comunidade estudantil da ESAS. Os motivos que fundamentam a decisão não foram explicados.
Em reunião de alunos convocada pela Associação de Estudantes da ESAS no dia 26 de Outubro de 2008 e face a estes acontecimentos, ficou decidido por unanimidade dos presentes as seguintes considerações:
- O cumprimento da proibição da praxe académica na ESAS;
- A não participação da ESAS no Desfile Académico do Caloiro.

A Direcção da AEESAS

A ESAS NÃO VAI AO DESFILE!

2ª CARTA ENVIADA AO CONSELHO DIRECTIVO DA ESAS COMUNICANDO AS DECISÕES TOMADAS NA REUNIÃO DE ALUNOS DE 26/10/2008

Na sequência da reunião de alunos convocada pela Associação de Estudantes da ESAS no dia 26 de Outubro de 2008, com único ponto da ordem de trabalhos a actual situação de enquadramento dos Caloiros na ESAS foram decididas por unanimidade de todos os presentes as seguintes considerações:
- O cumprimento estipulado pelo gabinete de V. Exa. relativamente à proibição da praxe académica na ESAS;
- A não participação da ESAS no Desfile Académico do Caloiro 2008;
A discussão e o terminus destas considerações não foram tomadas de ânimo leve como deve supor, mas julgamos ser as que, de alguma forma, reflictam a nossa posição contrária e da qual, à semelhança de V. Exa., são de cariz irreversível.
A nossa tomada de posição da qual o informamos nesta missiva será difundida na ESAS e nos meios de comunicação social através de comunicado à imprensa.

Com as mais cordiais saudações académicas
Ao alto, ao alto Charruas

AS PRAXES ESTÃO PROIBIDAS!

1ª CARTA ENVIADA AO CONSELHO DIRECTIVO DA ESAS

No ano em que se comemoram 120 anos do ensino das ciências agrárias, se exaltam e tecem os mais rasgados elogios às tradições, costumes e vivências muito próprios de uma instituição com história como é a nossa Escola, é com obvia indignação que nos vemos confrontados com o comunicado emitido por V. Exa., proibindo as praxes académicas desde o dia 15 de Outubro de 2008.
A leitura do comunicado não exclui uma explanação dos factos que levam à sua decisão, uma vez que, os motivos não são claramente explicados. Assim, de forma a podermos cumprir a nossa obrigação de manter a comunidade estudantil da ESAS, solicitamos nova comunicação do gabinete de V. Exa. em que sejam enumerados, de forma clara e objectiva, os motivos que fundamentam a sua decisão já entretanto promulgada.
Consideramos ser esta uma medida a curto prazo que poderá desfazer as dúvidas e parar a especulação levantada em redor deste tema tabu – praxe – como todos estão lembrados na história recente desta Escola, manchando o bom-nome que enverga desde sempre.
Sempre no intuito de colaborar, não só com V. Exa., mas com as instâncias superiores da ESAS e do Instituto, e no cumprimento do disposto no comunicado emitido, procedemos à inevitável dissolução da Comissão de Praxe 2008, responsável pela recepção, acompanhamento e orientação dos Caloiros, não só na ESAS mas também na cidade de Santarém. No entanto, cremos esta não ser a melhor solução para os Caloiros, indivíduos que chegam ao ensino superior com motivações e sonhos por concretizar próprios da irreverência dos jovens em primeiro ano, muitos longe da alçada dos pais e com uma vida de maior independência por viver, que lhes poderá ser vedada com esta sua iniciativa. Com inteligência e diálogo julgamos ser possível chegar a um entendimento entre todos.
Salientamos também, que a inexistência de uma comissão de alunos que orientem a chegada dos Caloiros, promova o ressurgimento da praxe “selvagem” sem o mínimo controlo, na Escola e fora dela, tanto em uso no tempo dos regentes agrícolas e que através de transmissão oral chega até nós, preocupando-nos o facto, daí sim, poderem ocorrer situações verdadeiramente preocupantes para o bom-nome e integridade física dos Caloiros.
Aguardando céleres notícias, despedimo-nos com as saudações académicas

Ao alto, ao alto Charruas!